"Um optimista vê uma oportunidade em cada calamidade; um pessimista vê uma calamidade em cada oportunidade", Sir Winston Churchill
Nestes tempos "loucos", mas fascinantes, em que vivemos, só "crescem" os que vêem as oportunidades onde outros só vêem os perigos, os que mantêm uma atitude positiva, empreendedora e inovadora.
Os mercados são mais competitivos, globais e instáveis e como tal são cada vez mais factor de sucesso (ou sobrevivência!) a flexibilidade e a capacidade empreendedora e de inovação, das pessoas e das organizações. Fruto desta crescente globalização da economia, é crítico para um país a mudança do modelo industrial clássico para uma economia dos serviços e das tecnologias.
A economia portuguesa precisa de empresas competitivas, a operar em ambiente de real concorrência. Ambiente de liberdade que recompense as boas decisões (e penalize as más) dos indíviduos e das organizações.
É necessário gente com capacidade para desenvolver projectos geradores de valor, projectos lucrativos e criadores de emprego com forte conteúdo técnico, e não apenas projectos onde se tem "investimento pelo investimento, formação pela formação". Existe capital de risco, formal ou informal, nacional ou internacional, disponível em relativa abundância, mas que exige resultados, medidos pelos lucros dos fundos aplicados. Capital disponível, mas apenas para bons projectos empresariais, com futuro em mercado aberto, i.é. para empresas competitivas.
Portugal, em especial o Norte e Centro, se deseja efectivamente alterar o seu padrão de especialização, precisa acelerar o investimento em empresas tecnológicas e de serviços de valor acrescentado. O capital de risco, principalmente ao nível dos Business Angels, é especialmente adaptado ao financiamento na fase inicial da vida das empresas que resultem de "spin-offs" das tecnologias que existem nas Universidades.
Ora, as Universidades de Aveiro, do Porto, e do Minho, dada a sua dimensão e competências, podem contribuir fortemente para o desenvolvimento da região em que se inserem. Para tal, é fundamental que sejam capazes de "gerar" no seu meio, ou na sua relação com as indústrias existentes, novas patentes e principalmente empresas "high tec, high growth". Empresas que fazem a diferença, marcando o ritmo de desenvolvimento do sector a nível global.
As empresas tecnológicas, na fase inicial de vida, precisam de capital. O capital de risco é adequado a financiar esse tipo de projectos, assumindo os riscos e partilhando os sucessos, vendendo mais tarde a sua participação. Os Business Angels, em especial nas suas fases iniciais de desenvolvimento, são muitas vezes o parceiro ideal para aqueles que, tendo a ambição e a capacidade para desenvolver novos projectos e tecnologias, necessitam de capital, conhecimento de gestão e acesso aos mercados. Capacidades, competências e conhecimento que os Business Angels podem aportar aos projectos onde investem.
Os Business Angels são individuos que investem de forma profissional, directamente ou através de sociedades veículo, no capital de PME´s com forte potencial de valorização. São "capitalistas de risco individuais" que cobrem as necessidades de financiamento a que os "fundos institucionais" de capital de risco não dão resposta, nomeadamente em projectos de "seed capital" e "startup". Sejam "angels com experiência profissional", empresários ou executivos de grandes empresas, "angels de rendimento financeiro", indivíduos com fortunas, e/ou "angels empreendedores", que triunfaram nos seus negócios, são essencialmente indivíduos disponíveis para acreditar em quem acredita em si e nas suas capacidades.
O Invicta Angels - Associação de Business Angels do Porto é um clube constituido por pessoas disponíveis para investir dinheiro, competências, tempo e rede de contactos em projectos empresariais liderados por empreendedores, projectos que nascendo nas Regiões Norte e Centro tenham ambição global.
E, como bem disse Michael Elias, da Kennet Venture Partners, é importante ter presente que os "Investidores andam à procura é de negócios com receitas e clientes, e não apenas de tecnologia andam à procura de negócios "a sério" e não de 20 engenheiros com uma ideia incrível."
Ricardo Luz