2022-02-04
Capital de Risco no Proptech
Vida Imobiliária, Janeiro/Fevereiro 2022 - Artigo de Ricardo Luz - "Capital de Risco no Proptech"
Vida Imobiliária, Janeiro/Fevereiro 2022 -Artigo de Ricardo Luz - "Capital de Risco no Proptech"
Há uma revolução em curso: as PropTech, “startups que oferecem produtos tecnologicamente inovadores ou novos modelos de negócios para os mercados imobiliários.”, por Vincent Lecamus, d’Immobilier 2.0 Focus.
Vários verticais se incluem no PropTech: mercado imobiliário per se (proptech), cidades e edifícios inteligentes (smart real estate), construção (construtech), economia da partilha (sharing economy) e financeiro (fintech), por immo2.pro.
O mercado da Construção e do Real Estate vem conhecendo sucesso, mas este, mais que problemas, traz novos desafios para as empresas. E se algo é hoje claro é que não haverá disponibilidade de mão-de- -obra barata, o que leva as empresas a automatizar processos, utilizar novos e mais inteligentes materiais, digitalizar negócios, etc. Novas tecnologias, a custos cada vez menores, ao nível da inteligência artificial, visão computacional, robótica, drones, etc, estão disponíveis e têm de ser internalizados.
Inovadores e empreendedores tecnológicos estão cada vez mais atentos às indústrias da Construção e do Real Estate como “the next big thing”. Tal como os seus investidores, são atraídos pela dimensão do mercado e, em especial, pelo impacto de transformação digital num “gigante adormecido”.
Estas indústrias, conservadoras, trabalham mercados fragmentados com muitos players diferentes envolvidos nas fases da vida de um projeto, de arquitetos a construtores, promotores e diversos fornecedores, levando a uma coordenação complicada e a percalços de comunicação, causa de retrabalhos, atrasos e custos imprevistos. Melhorar a produtividade é a chave para a resiliência e competitividade das empresas.
Gonzalo Galindo, da Madri CEMEX Ventures, diz que os desafios operacionais são grandes, especialmente para construtores e promotores com margens mais reduzidas. E se há quem possa ajudar a indústria a sair da sua zona de conforto e tentar coisas novas são as startups. E são cada vez mais as que querem trabalhar lado a lado com empresas estabilizadas, pois acreditam poder assim vencer num sector onde é difícil entrar e escalar.
Mas tal só será possível com inovação, novas tecnologias e soluções digitais, e só se, todos, Capital de Risco, empreendedores e empresários, perceberem que há um mundo de oportunidades para quem juntar o conhecimento da indústria à inovação tecnológica das startups, suportado por uma indústria de capital de risco disponível para financiar projectos inovadores e arriscados, mas com grande potencial de rentabilidade.
Não tenho “bola de Cristal”, mas se dirigisse uma empresa do sector com capacidade de investimento, para além de continuar a fazer o que faço bem, criaria uma unidade interna para, entre outros, monitorizar novas tendências, tecnologias e soluções, bem como startups inovadoras na área do Proptech; testaria novas soluções tecnológicas, novos processos e materiais nos meus projectos; e envolveria novos parceiros, inovadores e com soluções disruptivas; para além de apostar em cibersegurança, fundamental!
“Entre 2016-18, o investimento em tecnologia urbana foi de US$ 75 bilhões, 17% do investimento global de capital de risco. Veremos uma proliferação de ideias e novas empresas, em que muitas falharão, mas algumas mudarão as nossas vidas.”, Carlo Ratti, City Lab - MIT.
Nota: este artigo segue a antiga ortografia por vontade expressa do seu autor.
Há uma revolução em curso: as PropTech, “startups que oferecem produtos tecnologicamente inovadores ou novos modelos de negócios para os mercados imobiliários.”, por Vincent Lecamus, d’Immobilier 2.0 Focus.
Vários verticais se incluem no PropTech: mercado imobiliário per se (proptech), cidades e edifícios inteligentes (smart real estate), construção (construtech), economia da partilha (sharing economy) e financeiro (fintech), por immo2.pro.
O mercado da Construção e do Real Estate vem conhecendo sucesso, mas este, mais que problemas, traz novos desafios para as empresas. E se algo é hoje claro é que não haverá disponibilidade de mão-de- -obra barata, o que leva as empresas a automatizar processos, utilizar novos e mais inteligentes materiais, digitalizar negócios, etc. Novas tecnologias, a custos cada vez menores, ao nível da inteligência artificial, visão computacional, robótica, drones, etc, estão disponíveis e têm de ser internalizados.
Inovadores e empreendedores tecnológicos estão cada vez mais atentos às indústrias da Construção e do Real Estate como “the next big thing”. Tal como os seus investidores, são atraídos pela dimensão do mercado e, em especial, pelo impacto de transformação digital num “gigante adormecido”.
Estas indústrias, conservadoras, trabalham mercados fragmentados com muitos players diferentes envolvidos nas fases da vida de um projeto, de arquitetos a construtores, promotores e diversos fornecedores, levando a uma coordenação complicada e a percalços de comunicação, causa de retrabalhos, atrasos e custos imprevistos. Melhorar a produtividade é a chave para a resiliência e competitividade das empresas.
Gonzalo Galindo, da Madri CEMEX Ventures, diz que os desafios operacionais são grandes, especialmente para construtores e promotores com margens mais reduzidas. E se há quem possa ajudar a indústria a sair da sua zona de conforto e tentar coisas novas são as startups. E são cada vez mais as que querem trabalhar lado a lado com empresas estabilizadas, pois acreditam poder assim vencer num sector onde é difícil entrar e escalar.
Mas tal só será possível com inovação, novas tecnologias e soluções digitais, e só se, todos, Capital de Risco, empreendedores e empresários, perceberem que há um mundo de oportunidades para quem juntar o conhecimento da indústria à inovação tecnológica das startups, suportado por uma indústria de capital de risco disponível para financiar projectos inovadores e arriscados, mas com grande potencial de rentabilidade.
Não tenho “bola de Cristal”, mas se dirigisse uma empresa do sector com capacidade de investimento, para além de continuar a fazer o que faço bem, criaria uma unidade interna para, entre outros, monitorizar novas tendências, tecnologias e soluções, bem como startups inovadoras na área do Proptech; testaria novas soluções tecnológicas, novos processos e materiais nos meus projectos; e envolveria novos parceiros, inovadores e com soluções disruptivas; para além de apostar em cibersegurança, fundamental!
“Entre 2016-18, o investimento em tecnologia urbana foi de US$ 75 bilhões, 17% do investimento global de capital de risco. Veremos uma proliferação de ideias e novas empresas, em que muitas falharão, mas algumas mudarão as nossas vidas.”, Carlo Ratti, City Lab - MIT.
Nota: este artigo segue a antiga ortografia por vontade expressa do seu autor.
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